A Associação de Empresas de Segurança (AES) defendeu hoje o fim do trabalho não declarado no setor e o cumprimento do horário laboral de oito horas, como forma de aumentar as receitas fiscais e criar mais 8.000 empregos.
“Se todo o trabalho prestado pelas empresas do setor fosse regularizado as receitas fiscais e para a Segurança Social iriam aumentar. Ao mesmo tempo, se todos os trabalhadores cumprissem o horário de 8 horas poderiam ser criados mais 8.000 postos de trabalho no setor”, disse à agência Lusa o vice-presidente da AES, Jorge Couto, no final de um encontro com jornalistas.
Segundo Jorge Couto, é habitual em muitas empresas os seus seguranças e vigilantes cumprirem horários de 12 horas em vez, das oito horas legais, e não declararem o trabalho extraordinário.
Atualmente as 93 empresas de segurança empregam cerca de 36.000 trabalhadoras, quando em 2010 empregavam 41.000.
A maioria dos trabalhadores do setor (90%) estão contratados em 10 ou 12 empresas do setor, mas, segundo o dirigente da AES, “pouco mais de 4 cumprem na íntegra todas as regras”.